InícioSaúde de A a ZDescoberta molécula-chave para detectar e curar a dor crônica

Descoberta molécula-chave para detectar e curar a dor crônica

Estudo da Universidade Rovira i Virgili de Tarragona (URV) e publicado pela revista “Nature Chemical Biology” encontrou uma molécula-chave para detectar e tratar a dor crônica, informou ontem, dia 14/02 o centro acadêmico do nordeste da Espanha.

Os cientistas descobriram, através de pesquisas que a dimetil-esfingosina (DMS) – um metabólito das membranas celulares do sistema nervoso – se acumula na medula espinhal em ratos que sofrem dor neuropática.

Além disso, chegaram à conclusão de que a DMS também provoca dor quando injetada em ratos que não sofriam dor previamente, o que abre portas para a inibição desta molécula e para um futuro desenvolvimento de medicamentos.

O pesquisador Òscar Yanes, que iniciou os trabalhos no Instituto de Pesquisa Scripps, em San Diego (EUA) e os terminou na URV de Tarragona, explicou que era muito difícil encontrar animais que tivessem dor crônica, até que enfim foram utilizados ratos com este problema nos quatro anos de pesquisa.

“Demonstramos que há uma via metabólica sobre a qual é possível fazer intervenções, já que mostramos reações que no futuro podem ser úteis para encontrar inibidores”, afirmou Yanes.

Segundo o cientista, o bloqueio das enzimas que geram a DMS “poderia diminuir a dor”.

Por enquanto, não há comprovações de que o modelo seja capaz de controlar todos os tipos de dor crônica, mas até agora não se sabia praticamente nada em nível molecular sobre o assunto. “Este é um primeiro passo”, acrescentou.

De acordo com o doutor Yanes, o trabalho pode abrir portas para investigar a dor associada a diabetes, por exemplo.

“Temos que ver primeiro se os resultados se aplicam em humanos”, já que ainda é preciso descobrir se a DMS se acumula em humanos que sofrem de dor crônica, ou encontrar um rato diabético para fazer uma pesquisa parecida com a realizada até agora.”

Sua ideia é buscar alguns destes compostos no sangue de pacientes com dor crônica.

“Temos capacidade de encontrar indicadores, tentar quantificar a dor e dar ferramentas aos médicos para que os pacientes não tenham que graduar a dor com um teste”, explicou.

Outro objetivo do estudo é descobrir de onde provém a dor: “Agora que conhecemos a via metabólica e os compostos que se acumulam, a curto prazo devemos estudar o sangue e o líquido cefalorraquídeo, que é uma estratégia mais simples que desenvolver remédios”, embora também seja uma meta a longo prazo.

por Agência EFEFonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL ONLINE
A notícia é maravilhosa, porém o prazo para que estas descobertas se transformem em um tratamento acessível à população pode chegar a 5 anos ou mais, portanto, apesar de uma boa notícia não traz uma ajuda imediata.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Muito boa essa notícia! Fico feliz em saber que a medicina está evoluindo para o tratamento das dores crônicas. É tranquilizador pensar que as novas gerações não vão sofrer com dores como a lombalgia por exemplo.

    Parabéns!

  2. Acredito que aos poucos a medicina vá desvendando o que envolve os mecanismos que causam as dores crônicas, e estes pequenos avanços podem significar algo muito maior no futuro não muito distante.

  3. ESPERO EM DEUS QUE A MEDICINA EVOLUA TANTO PARA ATÉ TER UM MEDIDOR COMO UM TERMÔMETRO PARA MEDIR O GRAU DA SUA DOR, POIS AS VEZES EXISTEM ALGUNS PROFISSIONAIS QUE DUVIDAM DA SUA DOR. PARABÉNS PARA VCS QUE PROCURAM UMA QUALIDADE DE VIDA MELHOR PARA QUEM TEM DOR CONSTANTE E USAM BOMBA DE MORFINA.

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