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Dicas simples ajudam evitar Lesões por Esforço Repetitivo

Atividades laborais, pharmacy esportivas e mesmo comuns ao dia a dia podem gerar processos inflamatórios nos tendões, músculos e articulações. A causa em comum é provocada por Lesões por Esforço Repetitivo (LER) durante movimentos intensos e mais rígidos para determinadas partes do corpo.

As lesões têm ainda como origem a incompatibilidade da tarefa executada com a estrutura anatômica, o que justifica o porquê de pessoas que realizam o mesmo tipo de atividade apresentarem comprometimentos e outras não. Também estão na lista de fatores prejudiciais a postura inadequada.

Entre esses problemas estão as tendinites e bursites. As áreas mais comuns acometidas são mãos,  punhos, pés, dedos, braços e cotovelos. Em geral, a dor começa leve e passa despercebida, impedindo o reconhecimento do problema já no início. A dor na região afetada por uma LER, no entanto, chega a se tornar incapacitante devido à evolução e maior comprometimento do quadro.

O ortopedista Eduardo Pereira, do hospital Albert Einstein, de São Paulo, explica que os sintomas mais comuns de doenças inflamatórios mais frequentes nos membros superiores são as dores de intensidade variada, fadiga, cansaço e inchaços. “Com o passar do tempo, caso fique crônica, a área afetada fica até atrofiada”.

Segundo a reumatologista Vicenzina Santangelo, de Rio Preto, essas lesões intensas são a segunda causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas da lombalgia. Estimativas apontam que mais de 70% das pessoas possam desenvolver, em algum momento da vida, uma tendinite em razão do trabalho, vida doméstica ou esportiva.

Algumas doenças podem surgir pelo esforço excessivo em algumas atividades ou a própria alteração causar a LER. A Síndrome do Túnel do Carpol (neuropatia pela compressão do nervo) tem a LER como principal causa para seu aparecimento, causando dormência e inchaço nas mãos. Outra doença, o hipotireoidismo, é o inverso: acaba motivando a lesão pelo esforço.

Meios facilitadores
Nas profissões, é comum que motoristas, manicures, músicos, dentistas, bancários, dançarinas e redatores e, principalmente, digitadores venham a apresentar algum processo inflamatório desse tipo – nesses casos, classificado como Distúrbios Orteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), devido à relação com a atividade laboral.

Para Pereira, embora algumas profissões sejam mais suscetíveis para desenvolver o problema, ele considera que o excesso de pressão, competição, insatisfação e estresse no ambiente de trabalho também oferecem contraturas musculares que podem originar inflamações.

Diagnóstico e tratamento
A constatação da inflamação pelos profissionais pode ser feita por meio de exames físicos e do histórico do paciente. Nessa investigação das causas, o médico ortopedista Eduardo Pereira, de São Paulo, explica que estão incluídos os conhecimentos sobre os hábitos em casa e no trabalho, o meio físico onde a pessoa está inserida e até o nível de estresse como fatores associados.

Em alguns casos, é necessária a realização de exames, como uma radiografia (raio-X), ultrassonografia ou ressonância magnética. Com as causas definidas, é elaborada a estratégia para o tratamento. O procedimento inclui a eliminação de maus hábitos posturais, a modificação do ambiente, a imobilização com órtese e uso de anti-inflamatórios, analgésicos e até antidepressivos. Nas situações mais avançadas, uma cirurgia pode ser indicada.

É importante ainda que haja um trabalho de fortalecimento, pois as tendinites pioram quando não há massa e tônus muscular bem desenvolvidos. “A atividade física vai favorecer o não aparecimento. Em empresas, por exemplo, há exercício de alongamento após um determinado período”, informa a reumatologista Vicenzina Santangelo, de Rio Preto.

O alongamento, condicionamento e a tonificação dos músculos ajudam a melhorar a inflamação. Um outro recurso possível é a infiltração, em que corticoides são usados no local da dor e promovem melhora no momento. No entanto, é menos usada porque com o tempo e seu uso crônico pode-se facilitar a ruptura do tendão.

Modifique hábitos
A modificação de alguns hábitos é essencial para o tratamento de problemas causados por Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Para o digitador e pessoas que trabalham diretamente com computador, é preciso adequar cadeira, mesa, altura do teclado e monitor, além de sentar adequadamente, posicionamento da coluna e das pernas. Apoios adequados para o “mouse” também ajudam a impedir o desenvolvimento de uma tendinite.

“No ambiente de trabalho, existe a ergometria, em que um profissional vê as condições da relação do profissional com o meio onde atua, visando ao bem-estar. Observa-se a cadeira, a postura dos pés, o tempo muito parado… O uso de botas pontiagudas, por exemplo, favorece as tendinites por baixo da planta do pé”, destaca a reumatologista Vicenzina Santangelo.

Mesmo no lar, as donas de casa podem prevenir inflamações ao trocar as torneiras por aquelas que possuem um apoio maior para a rotação, além de distribuir o peso ao pegar uma panela com as duas mãos e não apenas com uma. Como o tempo, essas simples atividades presentes na rotina podem se transformar em dor.

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