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Fadiga, saiba qual a melhor maneira de combater

Na última sexta feira o Globo Repórter publicou uma matéria muito interessante sobre como as atividades físicas podem trazer benefícios a saúde, claro que isso não é nenhuma novidade, mas você sabe qual é a quantidade e a intensidade ideal ?

 

Fadiga, saiba qual a melhor maneira de combater Dor Saúde de A a Z

Melhores resultados contra a fadiga foram com atividades realizadas 3 vezes por semana, entre 20 a 40 minutos com intensidade baixa a moderada.

Atlanta, Estados Unidos, terra de arquitetura futurista e um passado marcante. A cidade foi sede das Olimpíadas de 96, na edição que comemorou o centenário dos jogos na era moderna. Ficaram as lembranças e o legado do esporte na rotina dos moradores, inclusive brasileiros.
“Eu não tenho ambição de virar maratonista, corredora profissional, mas eu sei que é uma coisa que precisa fazer parte da minha vida para sempre, porque faz uma diferença muito grande”, diz a publicitária Daniele Valadares Flickinger.

“Eu corro todos os dias 5 quilômetros e faço 45 minutos de musculação. E isso me muito bem, eu me sinto outra pessoa”, conta a fotógrafa Flávia Paródia Penha.

Que o exercício físico tem efeitos poderosos para a saúde a ciência já sabe. Mas quanto tempo de atividade é preciso para vencer o cansaço? Na busca dessa resposta, pesquisadores da Universidade da Georgia se surpreenderam com o resultado dos estudos. Exercícios leves e de curta duração podem trazer mais benefícios contra a fadiga que o uma rotina de atleta.

“Exercícios com pelo menos 10 minutos já ajudam as pessoas a se sentirem com mais energia, de 20 a 40 minutos é muito bom, as pessoas vão ter mais energia por mais tempo. Acima disso a atividade pode produzir mais fadiga”, diz o professor da Universidade da Georgia, Patrick O’ Connor.

Patrick é um dos pesquisadores do maior estudo sobre cansaço já feito nos Estados Unidos. O Departamento de Cinesiologia da Universidade da Georgia avaliou o tempo ideal de atividade física no combate ao cansaço. Durante seis semanas voluntários com fadiga persistente foram monitorados nos exercícios e responderam a questionários.

A enfermeira Sheron Maldonado foi uma das voluntárias do estudo. Ela diz que na época fazia faculdade de enfermagem e o exercício ajudou muito a ter energia durante o dia. Os resultados foram comparados com os de outros dois grupos: atletas e pessoas que não fizeram nenhum tipo de atividade física. O aumento no nível de energia dos cansados já começou com apenas 10 minutos de exercícios. Os melhores resultados contra a fadiga foram com atividades realizadas três vezes por semana, entre 20 a 40 minutos com intensidade baixa a moderada. Isso significa caminhadas leves ou trotes de até 7 quilômetros por hora. Ou uma sessão de pedaladas com velocidade de 8 a 15 quilômetros por hora. Nesses casos, o nível de energia aumentou em 91%.

“Uma das grandes desculpas para não fazer exercícios é não ter tempo suficiente, outra muito usada é ‘estou cansado’. É um paradoxo: pessoas não fazem exercício porque estão muito cansadas, mas se elas fizerem atividade vão se sentir com mais energia, é só encontrar 10 ou 20 minutos ao dia”, diz Patrick O’ Connor.

A pesquisa diz que 20 minutos de trabalhos domésticos como cortar a grama ou limpar a casa também podem ajudar a varrer a fadiga. Segundo os cientistas, o movimento dos músculos ativa a liberação de várias substâncias no cérebro ligadas a vigília e bem estar como a endorfina, dopamina e, noradrenalina.  Mas os últimos estudos apontam que outro neurotransmissor, a histamina, pode ser a maior responsável pelo aumento de energia.

Com diferentes tipos de filtros em óculos de sol, os cientistas também descobriram que o cérebro responde melhor se o exercício for ao ar livre. A luz natural ajuda na liberação dos hormônios do estado de alerta.

“Bons estudos analisaram os músculos de pessoas com síndrome da fadiga crônica e verificaram que eles não têm diferença com os músculos de uma pessoa que não tem o problema. A conclusão é que o desequilíbrio está no cérebro das pessoas que tem o sentimento de fadiga”, destaca Patrick O’ Connor.

 

Brasileiras que vivem nos EUA contam como venceram a fadiga crônica

O pesquisador alerta para dois aliados do cansaço: excesso de carboidrato na alimentação e longos períodos na cama ou no sofá. Essa era a rotina de Flávia quando veio para os Estados Unidos. Sem amigos nem trabalho ela cansou de não fazer nada. “Parecia que eu tinha feito uma maratona no dia anterior, com dores nos músculos, já pensando no voltar pra cama depois que eu levantasse, não tinha muito pique para as coisas”, conta Flávia.

Daniele que também vive em Atlanta enfrentou um pico de cansaço durante a gravidez, resultado do turbilhão de hormônios nessa fase. Mas a fadiga continuou depois do nascimento de Sofia. “Era um cansaço forte, não adiantava eu dormir, porque o cansaço normal você descansa e recupera, eu não me recuperava. Quanto mais eu dormia mais cansada eu ficava. Teve um dia que eu estava tão cansada no fim do dia, veio aquela onda de cansaço eu me lembro que meu marido chegou em casa, as seis da tarde, eu entreguei a Sofia pra ele, deitei no chão e dormi. Foi o dia que eu vi que precisava de ajuda, porque eu não estava me aguentando de tão cansada”, diz Daniele.

Flavia e Daniele tiveram fadiga crônica mas nenhum remédio surtiu efeito.

“Eu achei que fosse uma depressão, achei que fosse falta de vitamina D, uma anemia, alguma coisa que tivesse tirando a minha energia. Isso atrapalhou muito, me prejudicou bastante porque eu deixei de sair, de fazer um monte de coisas que eu gosto de fazer, porque eu não tinha ânimo de levantar me arrumar e sair”, conta Flávia.

Durante três anos a Flávia buscou explicação para o cansaço excessivo. Fez exames de sangue e até do coração. E mal sabia que o remédio estava dentro dela. Incentivada pelo marido, Flávia passou a se exercitar dentro do condomínio onde mora.

“Me sinto bem mais disposta agora do que antes, humor melhorou com certeza porque não estou mais com sono o tempo todo. O dia rende muito mais agora”, conta Flávia.

Já a mãe da Sofia decidiu se exercitar levando a filha de carona. Meia hora de corrida, pelo menos três vezes por semana. E de quebra a Sofia dá um passeio pelo bairro.

“Eu fiquei com muito mais energia, o incrível que pareça parece que você gasta energia e fica mais cansada, mas eu ganhei mais energia e também meu apetite mudou. Tudo é regulado tudo fica mais tranquilo, meu organismo em todos os sentidos, paciência aumenta, ânimo, bom humor”, conta Daniele

Daniele ganhou mais energia para se dedicar a família. Flávia ficou com mais pique para o trabalho, os amigos e a família.

“Você acorda mais feliz, você já acorda feliz, querendo começar o dia”, diz Flávia.

Há sempre bons motivos para vencer o cansaço!

 

Créditos: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2015/04/exercicios-leves-e-curtos-combatem-fadiga-melhor-do-que-rotina-de-atleta

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